Agora é oficial: a Dinamarca aprovou as medidas para reduzir suas emissões de gases poluentes em 70% até 2030. O plano de ação climática, aprovado pelo Parlamento nesta segunda-feira (22/6), inclui a criação de novos parques de geração de energia limpa, estímulos para empresas e indivíduos reduzirem seu consumo de eletricidade e até o lançamento de uma “reforma tributária verde”.
O pacote teve aprovação esmagadora dos parlamentares, representantes de todos os espectros políticos do país; ele recebeu o aval de nove dos dez partidos políticos da Dinamarca. A reforma tributária verde, que prevê a criação de um imposto sobre a geração de poluentes, é um dos pontos do pacote que mais vinham atraindo a atenção do país. A ideia está mantida, mas ainda não há maiores detalhes sobre quais serão as mudanças.
Em linhas gerais, o imposto deverá levar em conta o “desenvolvimento industrial sustentável e a competitividade” das empresas, incluir subsídios para aumento da eficiência energética e incentivos fiscais para o uso de energia limpa. O governo espera definir os pontos da reforma tributária verde até o fim do verão do hemisfério norte, em setembro.
Ilhas artificiais
Entre outros pontos, a versão final do plano dinamarquês de medidas ambientais prevê ainda a construção de duas ilhas artificiais para a geração de energia eólica (relembre aqui). Os parlamentares autorizaram ainda o desenvolvimento de um projeto eólico em alto-mar na ilha de Hesselø, localizada entre a Dinamarca e a Suécia.
A meta da Dinamarca para reduzir suas emissões de poluentes causadores da crise climática é uma das mais ambiciosas do mundo. Em maio, quando apresentou formalmente seu plano de ação ambiental, o governo dinamarquês previa corte de 2 milhões de toneladas de CO2. Com os adendos feitos pelo Parlamento, a previsão agora é que as medidas pemitam cortes de 3,4 milhões de toneladas.